domingo, 28 de junho de 2009

27 de Junho 2009
















Oi. Os dias por cá têm sido como de costume muito intensos. Começando pela última sexta-feira, dia em que finalizei a análise dos passeios ecológicos já existentes no Eco, e que por sinal foi bem cansativa. Ainda na ressaca do São João as minhas pernas tiveram mesmo de se puxar uma á outra, afinal 14 horas diárias no Eco dão mesmo cabo de qualquer um. E eu que pensava que era especial… vejam lá! Pois bem, estava realmente cansado mas ainda fui louco ao ponto de jogar uma pelada com os colegas de trabalho. Campo relvado mas molhado, futebol de 6 (1 mais 5), uns jogam com chuteira de piton, outros (como eu) de sapatilha, e uns ainda mais loucos jogam descalços. Com o tempo fui-me adaptando ao estilo de jogo brasileiro. Bem puxadinho por sinal, mas graças à regra do bota fora, consegui respirar e limpar-me das inúmeras quedas na lama. Como era de esperar o jogo decorreu na maior das tranquilidades (ideal para o Paulo Bento), muita gargalhada, e boa disposição. Mais tarde depois de jantar estava completamente esgotado e decidi ir para casa mais cedo. Arrumei as minhas tralhas e encaminhava-me já para a saída, quando um colega do Lazer (Diego) ligou a pedir ajuda no local dos festejos do São João pois tinha chegado um grande grupo de idosas ao Eco, e queriam muito dançar forró. Como a esperança média de vida das mulheres é maior, faltavam pares masculinos para o baile e com algum custo lá fui eu. O cheiro a naftalina era algo intenso mas nada que nos derrubasse. Um colega o Hélio durante uma dança segurava a sua dama com a mão na cinta dela, no entanto achou-a muito flácida e decidiu olhar discretamente para baixo, quando para seu espanto o que segurava afinal era o seio da senhora. Foi bem engraçado, não esta última situação mas a noite em geral.
Não satisfeito com o cansaço, na manhã seguinte levantei-me ás 7.30 para ir fazer Bodyboard com o Hélio. Pegámos o ônibus para Gaibu, que fica logo a seguir a Suape, e lá começou a 1ª surfadela fora da Europa. E que sorte tive! Apanhámos um mar excelente para a prática. Estavam cerca de 40 surfistas no mar mas nós ficamos numa das extremidades do aglomerado, a que dava esquerdas claro. Só o facto de estar ali á espera da onda certa durante uns minutos me fez esquecer de tudo até mesmo o cansaço, a paz, a água quente e límpida, o sol… enfim, “tudo” me fez esquecer “tudo”! Que poeta estou! Eheh
De volta ao hotel ainda para almoçar, encontrei-me com algumas pessoas da vila e deixei-me estar na conversa. No entanto o dever chamava e segui para o Eco para trabalhar. O dia foi longo, e á noite ainda tivemos a actuação do grupo de danças do Eco, o qual é composto pelos meus colegas do Lazer. Durante as trocas de roupas e esse tipo de coisas dos bastidores cortei-me na mão mas nada de anormal. Aliás é bem insignificante. Tentei lembrar-me de algo engraçado que pudesse escrever, mas nada me ocorreu. Já fora do Resort encontrei a minha casa apinhada de gente. Filhas, primas, tias, irmãs, etc… Por lá fiquei um pouco na conversa até que finalmente me deitei para um merecido descanso.
Hoje, domingo acordei mais tarde, por volta das 10.30 e tinha já á minha espera uma festa, mesmo á saída da porta do meu quarto. A filha mais velha da Marli fazia anos. Almoço foi Feijoada! Música ambiente era Forro! Tirei muitas fotografias porque todos estavam sedentos de “flashadas”. Depois de almoço vim para o Resort onde estive a trabalhar no portátil, mas ainda houve tempo para festejar a conquista da Taça das Confederações pela Seleção Brasileira! Foi uma alegria aqui!
E assim têm sido os dias por aqui…
Vejam as fotos e comentem!
Também vos quero ler!
Parabéns Lolinha! (Sorry)
André Gamelas

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O São João do povo
















Olá a todos.
Os últimos dias foram muito cansativos, tudo por conta dos festejos do São João. Foi bem divertido, no entanto o cansaço acabou por me deixar um pouco em baixo e acabei por aproveitar apenas 90% da diversão das festividades. Haviam fogueiras por todo lado na noite de terça-feira, muita gente na praça a dançar forró; a beber cerveja, caipirinha e pirosca; havia churrasco e "coquiteis". Em Portugal o São João é tipicamente festejado no Porto, por cá é em Caruaru. Vi imagens pela de lá pela tv e aquilo é um pouco de gente a mais para mim, mas parece bom.
Na quarta-feira pela manhã fiz praia e por pouco não apanhei um escaldão. O que importa é que já começo a ficar moreno. Aqui pelo Eco Resort o trabalho abunda, e o tempo que me resta para trabalhar no meu relatório acaba por ser quase nulo. Mas com calma tudo se faz. O trabalho de campo está quase finalizado, falta ainda conhecer um dos percursos e elaborar o traçado de um novo.
A team do E&L tem passado por alguns momentos de menor harmonia á custa do stress do trabalho exigido pelas comemorações, e pelo corte de folgas do pessoal. O trabalho é mesmo assim, e com absoluta certeza o ambiente vai melhorar para um patamar que ainda nem conheci.
Lá por casa tem sido uma loucura absolutamente extraordinária. Pois é, aquilo mais parece o dormitório municipal. A casa possui apenas dois quartos e uma sala-cozinha, um dos quartos é o meu e entre a sala e o outro quarto a malta distribui-se. Só para terem uma ideia, em média nos últimos três dias dormiram entre 8 a 9 pessoas lá em casa, sem contar comigo.
Como vou a casa apenas dormir não me incomodei muito, mas a necessidade de um sítio calmo onde eu posso realmente descansar aumenta, e talvez este fim-de-semana arranje um tempinho para procurar novo lar.
Deixo-vos algumas fotos e videos porque os relatos dos últimos dias através de escrita seriam cansativos para mim bem como para quem os lê.
Beijocas e abraços,
André Miró!
Olha pro céu
(Luiz Gonzaga e José Fernandes)
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha pra aquele balão multicor
Como no céu vai sumindo

Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João

Havia balões no ar
Xote, baião no salão
E no terreiro, o teu olhar,
Que incendiou meu coração.
Um bom São João a todos!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

21 de Junho 2009

Frase do dia: a tartaruga tem carcaça e vira-se!
Depois deste exercício mental, vamos ao que realmente interessa. Caros amigos a festa por cá continua. Bombinhas estouram pelas ruelas, a cada esquina ouve-se forró, e o melhor ainda está para vir. No entanto para além deste frenesim ainda há quem trabalhe, e eu sou um deles, ainda que com muita vontade, mas o que conta é que efectivamente trabalhei no domingo de S. João. O Eco esteve com uma ocupação razoável neste fim-de-semana, hóspedes maioritariamente daqui perto que apenas cá passam o descanso semanal. O grupo desta semana é bem divertido tanto crianças, o melhor público do E&L com quem fazemos boa parte das nossas actividades, como adultos que no final do dia participam activamente nas nossas brincadeiras. Hoje, mais uma vez, vesti-me de matuto e o Diego de matuta, e orientamos o bingo show, como quem diz interactivo com várias formas de animação da galera.
Amanhã vou começar a trabalhar no meu relatório de final de curso ou estágio, porque vou falar com o gerente geral, o Dr. Lobo que me vai falar (penso eu) sobre a história do Resort.
Hoje como percebem não tenho grande coisa para contar, nem muitas fotos para mostrar, os olhos começaram a fechar, e eu estupidamente não paro de rimar, portanto vou acabar. Desculpem-me este desagradável momento, votos de uma boa semana, e quando não vos apetecer trabalhar porque lá fora está muito calor, e vos apetece ir para a praia, eu estou aqui a trabalhar debaixo de um duro sol rezando para que passe uma nuvem que me refresque.

Beijinhos e abraços,
do pouco inspirado André.

domingo, 21 de junho de 2009

O São João
















20 de Junho 2009

Olá, ontem (sexta-feira) foi a festa de São João para os funcionários do Eco. E que festa! Durante a manhã finalizamos a decoração do Salão Esmeralda (salão de festas e convenções), e com alguma expectativa foi-se aguardando a hora do grande evento. Depois de almoçar na companhia dos elementos do team do E&L lá nos fomos preparar para o Arraial. Com a ajuda da turminha caracterizei-me de “matuto”, homem feio e mal vestido típico do S. João, mas claro com um toque pessoal e no final eu estava feito um matuto europeu.
Pouco passava das 16.30 quando a cobrinha Nadja (privet joke, que é piada privada em inglês), deu início à grande festa, e de maneira bem animada foi lendo recadinhos que os participantes escrevem dirigidos a alguém querido, ou não. Durante a festa houve muita surpresa e forró, e uma das surpresas foi eu e a Luedja, termos conquistado o 2º Lugar no concurso de melhor par a Dacar forró, e não, não eram só dois pares. Dançámos, bebemos, rimos bastante e foi muito divertido, de maneira que chego a questionar-me se vou ou não ter saudades da festa de Vilar, que acham?...Eheh! A festa entretanto acabou no hotel mas continuou, infelizmente só para alguns, na praça aqui da vila de Suape, onde já um pouco tocados falámos de coisas mais ou menos sérias, é que o álcool gosta sempre de se armar em intelectual.
Na manhã seguinte era presumível ir surfar, no entanto, tanto eu como o Hélio fomos seduzidos pela perigosa almofada. Então por volta das 12.30 decidi pegar nas havaianas, vestir uma roupa leve e tranquila e lá fui eu passear. Por sorte o Gilson estava de regresso á cidade do Cabo de Santo Agostinho e acompanhado por ele visitei o centro da cidade que é qualquer coisa de impressionante. Muita cor, muita gente e como é São João muita animação na rua, e vejam lá até banda havia no super-mercado. Tanto o centro como o mercadão têm um ambiente magnífico, mas infelizmente não fotografei, principalmente o mercadão que é bem característico, mas com certeza lá voltarei pois 3 mangas ao preço de 1 Real não é muito comum para mim (trocando isto para miúdos, 3 doces mangas por apenas 0,34€). Fiquei encantado com o local que fez até lembrar certos cenários de Hollywood na Ásia (será que me fiz entender?). Depois de um merecido lanche ao jeito americano e de um suco muito bom de Graviola e leite, voltei para Suape. Às 19.30 decidi ir até ao local de trabalho no dia de folga para vos dar as notícias mas acabei por participar na animação programada para a noite de sábado pelo E&L. Foi bem divertido e foi mais uma noite vestido de matuto, mas desta vez bem caracterizado pois era para hóspede ver.
Para já o São João está a ser uma surpresa muito agradável, e desconfio que noutra vida fui uma personagem nordestina, aliás tenho absoluta certeza que possuo do sangue que algum antepassado tuga espalhou por aqui há 500 anos atrás.
Viva Pernambuco e a Turma do E&L do Eco Resort do Cabo. (tinha mesmo de dizer isto porque o meu querido chefe descobriu que eu tenho um blogue!) Eheh.
Beijocas e abraços
Parabéns Vizinha linda!
André Miró

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Trabalho duro hein!
















17 de Junho 2009

Hello! Malta que fique registado que o meu primeiro mergulho em águas brasileiras foi numa das mais charmosas e acolhedoras praias do nordeste e talvez até do Brasil. Calhetas é como se chama o local onde o Miró nadou nas límpidas águas pernambucanas. Mas, foi em trabalho! Eheh. Foi mesmo, o passeio de hoje tinha como destino a Praia de Calhetas, um dos mais longos e maior dificuldade. Durante o caminho é possível tem lugares esplêndidos para apreciar a paisagem. Anda-se por trilhas inesquecíveis devido à beleza nas espécies de flora que encontramos. No final já com o depósito de cerveja meio cheio, chegamos então à praia onde pude dar o merecido mergulho e beber mais umas cervejas em nome da ciência. Caros amigos, era tanta a formosura natural que nem consigo encontrar adjectivos suficientes para descrever.
No regresso eu e a Luedja parámos de novo num bar humilde para eu provar o caldinho de Aratu (espécie de caranguejos), acompanhado de mais uma cervejinha. Por volta das duas corremos para o Resort para almoçar porque estávamos sem tempo. Uma pessoa distrai-se com a ciência pá. Depois do passeio “alcoológico”, ups, ecológico a vontade de dormir era imensa mas tanto eu como a Luedja nos obrigamos mutuamente a trabalhar a parte teórica da coisa.
São assim os dias por aqui, com calma, boa disposição e uma dose adequada de brincadeira (mentira, é muita mesmo) tudo se compõe. Os momentos passados com os meninos da turma do Lazer são sempre muito animados e intensos, o que torna difícil sair à hora apropriada do Resort. O resultado, poucas horas de sono e em média 15h no trabalho. Mas quem corre por gosto não cansa, só custa é acordar de manhã, e arranjar vontade para chegar ao final do dia e ter vontade de escrever para o blogue. Mas como eu sou boa pessoa e gosto muito, muito, muito de todos vocês que lêem o blogue…
Por agora acho que é tudo, aproveitem as fotos, pode ser que morda o bichinho e venham cá fazer uma visita. O São João é já para a semana e vai ser arromba!
Beijocas a todos e a todas,

Mirózinho! ihihih

quarta-feira, 17 de junho de 2009

15 de Junho 2009
















Boa noite!
Olá a todos, isto por aqui tem andado como sempre animado. No último sábado fui sair com o Gilson para Recife antigo. A cidade do Recife tem mais de 2 milhões de habitantes e vários locais bonitos a visitar. Recife é conhecida como a Veneza do Brasil, mas quanto a mim e pela primeira impressão mais parece a Londres ou Paris do Brasil. É um facto que a cidade foi construída perto da foz do Rio Capibaribe, e é atravessada por vários canais. No entanto esses canais são bem largos, talvez mais largos que os do Tamisa. Sobre o Capbaribe foram construídas várias pontes que o atravessam, possibilitando por isso a travessia na grande metrópole. Ao chegar á zona antiga da cidade deparei-me com grandes prédios do século passado, alguns em ruínas, uns ainda se vão mantendo e outros já foram restaurados. Verdadeiras relíquias, definitivamente resultantes da inspiração de um europeu. São prédios parecidos com alguns que encontrei em Berlin e até mesmo na Polónia. Entretanto atravessei a primeira ponte construída no Brasil, que tem várias estátuas de poetas. É muito interessante, mas o facto de ter sido a primeira construída no Brasil não tornou a travessia mais empolgante. De seguida jantei um salmão grelhado com arroz e batata frita de fast-food, este bem emocionante já que foi a minha primeira refeição oficial no Brasil sem feijão. O jantar foi num shopping bem bonito e pequeno, que se localiza na Alfandega restaurada. Depois do jantar seguiu-se uma noite muito legal na companhia do meu amigo Gilson. Muita conversa, cerveja, caipirinha, samba e bundas brasileiras a oscilar nos meus olhos. No dia seguinte, domingo, não fiz absolutamente nada de interessante a não ser um merecido descanso, deitado na rede á porta de casa. Hoje segunda-feira o trabalho começou como é costume ás 8.20. O dia foi bem cansativo, Decorámos toda a área do terraço do restaurante maracatú com decoração alusiva ao S.João. Aqui o S.João é mais esperado que o próprio carnaval. O boato do Galé continua a fazer vítimas. E o feijão perdura nas nossas refeições. Agora lá em casa moro, eu a Marli, a mãe dela de 92 anos e para tomar conta dela durante o dia uma menina que tem um bebé e também trata da lides da casa. Somos 4 mais 1, bem pequenote, mas sorte a minha não chora muito. Já temos televisão que neste momento está a passar o garfield dobrado em português do Brasil. De resto continua tudo a correr bem, faz calor, vai chovendo de dia, ainda que pouco, e bastante durante a noite, a caipirinha permanece boa e barata e não sei que dizer mais.
Passem todos bem, bom trabalho e desfrutem do frio que faz por aí!
Beijocas e abraços a todos.

André

domingo, 14 de junho de 2009
















14 de Junho 2009










Boas!










Não tenho grandes novidades para postar, nem me sinto muito capaz e inspirado. No entanto vou deixar umas fotos para fazer um pouquinho de inveja!










sábado, 13 de junho de 2009

O Txiô André Galé




10, 11 e 12 de Junho 2009

Comunicado:
Caros seguidores, apresentam-se desculpas sinceras pela vacuidade de processamento de texto nos últimos dois dias. A razão de tal falha deve-se ao trabalho excessivo, e ao acumular de cansaço físico dimanante de três dias seguidos com 15 horas de trabalho.

Vamos ao que interessa. Não! Não estou a ser explorado, simplesmente a abundância de eventos e shows temáticos me levaram a ficar pelo Resort. Os últimos dias têm sido realmente intensos, e bem divertidos. Já aprendi uns passinhos de forró e de Frevo que é o cartão de visita aqui de Pernambuco. Depois do passeio pelos manguezais, que devo dizer, são fascinantes, a chuva nos últimos dois dias provocou o cancelamento dos passeios. Portanto as minhas competências de monitor de animação turística têm sido obrigadas a revelar-se. Do trabalho com as crianças resultou um novo nome para mim. Pois, as crianças chamam-nos (aos monitores) de tios (com sotaque, txiô). Então agora sou o txiô André, ou o txiu pórtugueis. Ainda na área da nomenclatura o meu prestigiado chefe de Departamento (Almy), resolveu espalhar o boato de que o meu nome é André Galé. Passo a explicar. O Eco Resort do Cabo está a negociar uma espécie de parceria de gestão com o grupo português Vila Galé, e segundo o boato eu sou filho de um dos donos do grupo Vila Galé, e estou aqui como olheiro (espião) do grupo. Como é óbvio numa comunidade de 280 funcionários, o boato pegou, de maneira que há pouco no ônibus alguns comentavam isso quando estava eu estava a sair. Tem sido um fartote. E entre alguns dos directores virou tema de brincadeira. Por exemplo se algum funcionário está por perto e eu vou a passar o Almy pergunta-me se eu quero um sumo e se está tudo bem com a minha pessoa.
Outro tema interessante, este restrito ao team do E&L, são expressões e palavras comuns para o português falado em Portugal, mas que por aqui são asneiras ou expressões menos apropriadas. Cada vez que uso o verbo meter, é uma risada geral, porque aqui meter, significa algo como penetrar. Então já há quem diga que eu estou sempre a “meter”. Agora imaginem-me a ensinar crianças a fazer barquinhos de papel: “agora metem… hum hum colocam, esta ponta para dentro…” Eheh.
Durante os jantares também tenho aprendido muito acerca palavras menos próprias. Nomes que se dão à vagina e ao pénis são um tal que acho que deve até haver um dicionário só para isso. Priquito, Bunchena, Prereca são alguns exemplos.
No fundo estou a tornar-me num verdadeiro nordestino, começo a conhecer a história, costumes e tradições que me ajudam a entender as pessoas e a sentir-me totalmente integrado na área. Em relação ao feijão o intestino parece estar a habituar-se porque o cocó parece querer, de dia para dia, empedernir. Eheheheheheh. Os mosquitos continuam a chatear mas o Sr. Floro, que possui uma cultura tremenda de Flora, indicou-me uma árvore cuja sua seiva, que expele para o seu tronco, é um repelente natural, e ao que parece mais forte do que a concorrência farmacêutica.
Em relação ao trabalho de estágio, e porque isto não é só aprender cultura popular, estou a desenvolver o projecto dos passeios e tenho em vista outro que mais tarde falarei. Estou também a inteirar-me sobre a história da região e sobre a implementação do Resort para desenvolver um documento crítico de todo o processo.
A experiencia está a ser muito gira e enriquecedora, pelo que já estou a começar a ter saudades disto.
Hoje (sexta-feira), choveram quilos de chuva pelo que o Resort ganhou mais umas quantas piscinas naturais. A taxa de ocupação subiu bastante esta semana, também por causa da tal reunião sobre o turismo no nordeste brasileiro, que se realizou no Hotel. Era até para vir o Lula, mas o cára preferiu assistir ao jogo do Brasil com o Paraguai que se cumpriu aqui no Recife. No entanto o vai vem de governadores transportados por helicópteros foi intenso, e causou um verdadeiro frenesim entre funcionários, hóspedes e aves que por ali andam. Ontem há noite (quinta-feira) durante a apresentação do espetáculo “A Feira” (protagonizada por elementos do E&L), choquei violentamente contra o governador do Estado de não sei onde, durante uma corrida para mudar de local para fotografar a peça. Mas não teve grande importância até porque eu não sabia quem era o senhor. Só mais tarde é que a malta me informou do sucedido, e gerou novamente risada.
Como não encontro nenhuma frase filosófica para “meter” no final do texto, despeço-me de todos com boa disposição, abraços e beijocas a todos.

Bom fim-de-semana,

Miró

PS- comentem lá os post’s, porque caso contrário faço greve de fome (de feijão vá).

quarta-feira, 10 de junho de 2009











9 de Junho 2009

Boas! Finalmente chegou o dia em que fiz um “passeio ecológico” guiado pela Luedja. O percurso, Pedra Alta que fizemos hoje é de nível mais fácil já que o terreno é sempre plano. Mas não perde por isso beleza. Começa novamente em Suape, vila colonial de grande importancia na época da colonização do Brasil no séc. XVI. Foi palco de batalhas entre Luso-Brasileiros, Holandeses e os Índios Caetés que fizeram parte do cotidiano desta vila. No passado mais recente Suape era uma vila de pescadores, atualmente é uma vila em desenvolvimento e tem hoje cerca de 3000 habitantes. Em seguida passámos em Tirirí, uma localidade rural onde aproveitámos para desfrutar da frescura do”gelado” Tátu como mostro na foto do post de ontem. De seguida entrámos em contato direto com a flauna e a flora, até chegar a Pedra Alta onde podémos refrescar e descansar um pouco nos bares e restaurantes situados nas margens da Ria Massangana.
O percurso foi muito tranquilo, mais uma vez acompanhados pelo casal paulista que são um casal muito legal. Passamos no manguezal, ecossistema típico desta região que combina zona florestal em ambiente aquático salgado (ria), e que é excelente refúgio para o crescimento de cardumes de pequenos peixes e camarões. Diz-se, e não sabemos se é lenda ou não que um Jacaré que uma senhora que vive nas redondezas criou, e que desapareceu anda pelo mangue. Vários moradores dizem já o ter visto, no entanto eu e a Luedja só acreditamos quando o virmos, e portanto montmos uma verdadeira “caça” ao jacaré. Já combinámos que se o virmos, ela oferece uma perna em nome da ciência, enqanto eu fotografo. Piadas à parte o bicho não nos pode fazer mal nenhum e queremos mesmo encontra-lo, para saber por onde anda e o podermos, quando ele aparecer, mostrar aos turistas.
Fora isso fiquei a saber a história do nome da Luedja, que é muito interessante, no entanto só saberá a história quem participar neste passeio. Venham, venham.
Entretanto atravessámos um canal da Ria Massangana com água pelo peito e voltámos para o hotel. Depois de almoço, e sim continuo com diarreias mas com menos dores de cólicas, reunimos no nosso novo escritório, situa-se no Tatuoca e é só para nós. Estivemos grande parte da tarde a trabalhar no nosso projeto de requalificação dos percursos existentes, e devo dizer que se todos(as) colegas de trabalho fossem como a Luedja, ninguém quereria saír mais cedo do trabalho. Pois é, ela até foi embora ás 17h mas eu fiquei até ás onze, porque continuei a trabalhar traduções, devido á chegada dos Americanos ser já amanhã (Quarta-feira dia 10). Depois de jantar continuei e mais tarde assisti a um espetáculo incrível da Quadrilha que vos falei no Sábado, a Quadrilha de Suape. Que energia! (ver filme).
Mais uma vez estou em casa no cantinho da treta a contar o meu dia e como já é quase meia-noite e voçês já estão a dormir há um pedaço vou-me juntar a vós no descanso, já que amanhã pego ás 8.20 como sempre.
Boa noite para todos! Disfrutem

André




terça-feira, 9 de junho de 2009

8 de Junho 2009
















Hoje, depois da rotina matinal, e reunião diária de E&L habitual, fui com o Dédé e com um casal de Hóspedes muito legal fazer mais um “passeio ecológico”. Dédé como guia, eu como observador. O percurso de dificuldade média devido aos acidentes geográficos, é muito bonito, passa por pequenas povoações criadas pelos pescadores de Suape, que tinham o intuito de ser casa de retiro, ou descanso, favorecidas de paisagens deslumbrantes e paradisíacas. A maior parte da vegetação é nativa embora não seja muito abordada durante o percurso. É no entanto um percurso rico em história, pelas suas edificações criadas pelos portugueses. Afinal foi aqui neste preciso local onde me encontro que Pedro Alvares Cabral chegou pela primeira vez ao Brasil. A descoberta deste local, embora não oficial, coube a um navegador espanhol em Fevereiro de 1500. Uns meses mais tarde chegaram então os Tugas, que construíram as tais edificações de defesa datadas de 1630 para defesa do território, isto porque os Holandeses achavam que a Terra Nova também lhes pertencia. Existem ainda Ruínas do Castelo do Mar, na entrada sul do cabo onde escapa uma zona de 30m sem recife que servia de entrada aos Navios. Ali ao lado várias Baterias que possuíam vários Canhões ajudavam na Defesa. Tem ainda no alto da colina as ruínas do Quartel que os protegia de ataques por terra. Andámos vários quilómetros, mas pelo meio parámos numa espécie de cascata de água doce onde nos refrescámos da cabeça aos pés. Depois de muita conversa, até de futebol com o casal Paulista, voltámos para o Eco. A menina Paulista é filha de português dos açores, e perguntou-me a diferença entre pastéis de Belém e nata. Quando chegámos ao Eco eu e o Dédé fomos almoçar, e desta vez a diarreia matinal e umas dores de cólicas horríveis proibiram-me de comer feijão. Então o almoço foi bem leve. À tarde continuámos com a preparação das decorações para o São João, que tomaram toda a tarde. Mais tarde jantei acompanhado pelo Gilson, e combinámos sair no Sábado á noite no Recife, porque ambos temos folga no Domingo. O jantar foi um pedacinho de carne com um montam de tostas. De seguida apoderei-me do portátil, e matei saudades de casa, e também da malta lá da casa de Coimbra. Entretanto chegaram as 19.20 e apanhei o Ônibus para casa, onde fiz um chá que estou a beber agora enquanto escrevo, agora no novo cantinho da treta (ver foto).
E assim mais um dia passou com muitas peripécias, conversas e alegria.
Boas Noites e boa semana para vocês.

PS- Já emendei os parabéns. Eu não estava bem em mim ontem, mas não estava bêbedo, apenas cansado… Parabéns de novo Patrícia!

Hoje mando apenas beijos, para todos, quem não quiser vire a cara!

Para finalizar hoje assino …

André =)

segunda-feira, 8 de junho de 2009







7 de Junho 2009

Ora boa noite! São 23h do dia 7 de Junho, e eu finalmente estou sentado na cama para escrever um pouco. Então o dia por cá começou chuvoso, e desta vez o conforto da cama e talvez o facto de ser Domingo, fizeram com que ficasse na cama até mais tarde. Às 9h30m levantei-me depois de me deixar ficar uns 20min só a ouvir a família da Marli na conversa, e a chuva á fora. Por fim lá me levantei, tomei um banho e fiz a barba. A família continuava na salinha conversando e eu juntei-me á festa. Bem, a avozinha (a tal senhora de 92 anos) é um fartote! Só rir com ela. Não pensa em mais nada a não ser em voltar a casar, fala de namorados antigos e dos velhos tempos em que tudo se fazia bem devagarinho e com muito esforço. Um poço de história e sabedoria popular. Um encanto de senhora! A filha mais nova (penso eu) da Marli, muito simpática e inteligente por sinal, é a mais extrovertida da família e as crianças estão sempre a dizer: eu te amo muito tia! Depois do serão matinal e do pequeno-almoço maravilhoso providenciado pela Marli e filha mais velha (a mãe das duas meninas), eu e a Marli fomos para o Eco Resort. Começou então o que poderia ter sido um Domingo de trabalho, feliz, ou sei lá, infelizmente o trabalho foi pouco, e acabei por passar o pouco que restava da manhã no LAPTOP (maneira como eles escrevem portátil, vi hoje no jornal, lindo) a ver e-mails a actualizar o blogue e a trabalhar um pouquito no relatório. Por volta das 13.15 acompanhei o Almy e o Roberto no almoço, enquanto conversávamos sobre a história do Brasil. Entretanto conheci finalmente a Luedja, menina natural de Suape, que descende de Holandeses porque tem olhos azuis, de Portugueses porque é Silva, entre outros como Africanos e Indígenas, porque o tal sangue nordestino de boa disposição e bem receber lhe corre nas veias. Depois de meio dedo de conversa, passados 2 minutos de a conhecer já me estava a dar carinhosamente três ou quatro chapadinhas na bochecha. Passou uns bons minutos a falar com sotaque português, a tentar vá. Como disse lá atrás finalmente a conheci. Isto porque é ela que faz os passeios ecológicos e é com ela que vou passar mais tempo a trabalhar durante o estágio. Marcámos então fazer o primeiro passeio à tarde, o passeio que se realiza dentro do Eco Resort. Enquanto não chegava a hora aproveitei para falar com as tias, avós, mães, primas e tios pelo skype, foi muito agradável. Fui então ao encontro da Luedja. O passeio foi muito bom e aprendi bastante, e felizmente tivemos muitas ideias novas para melhorar o passeio. Mais tarde, depois da Luedja sair, voltei com o Almy e o Diego para o laptop para ver as fotos do paint-ball. Depois de passarmos um bom serão por ali voltei para o Tatuoca e até á hora de sair, por volta das 21h, pouco fiz, a não ser Jantar e estar na conversa com a galera do team E&L, com quem já desenvolvi fortes laços de amizade.
Já a caminho de casa na marginal deparei-me com um ensaio da quadrilha, uma espécie de marchas populares, lembrei-me logo da maravilhosa música: Vilar agora tão cheio de luz, és mais do que outrora sonho que seduz! É mentira aqui é que seduz, a galera toda a saltar de alegria, os três ensaiadores são do tipo Bola 7, mas talvez sejam 8 ou 9, devem comer hambúrguer com feijão até ao pequeno almoço, mas o mais engraçado no meio disto tudo é que um deles tinha até uma madeixa cinza na popa, lembram-se do nosso? Risada!
Com tal cenário é obvio que fiquei por ali, e não demorou muito para passar por mim alguém conhecido do Eco Resort, afinal são muitos os funcionários que lá trabalham. Fiquei por ali na conversa até que apareceu o Cícero (o rapaz da pousada), fui então beber uma fresquinha com ele ali ao lado. E assim foi, com uns copos de cerveja e muita conversa que estive na praça de Suape junto à praia a integrar-me na comunidade. E que comunidade acolhedora. Por fim o cansaço falou mais alto e voltei para a rica casinha onde me encontro neste momento, sozinho a tagarelar para o pc.
Uma Boa noite para todos com sinceros votos de que estejam a viver as vossas vidas tão intensamente quanto eu, dentro das possibilidades claro. Sorriso na cara é metade do caminho andado… fica a deixa.

Beijocas e abraços

Hoje, o Miró (espero que não te importes avó!)

PS- Parabéns Patricia beijo grande!

domingo, 7 de junho de 2009
















5 e 6 de Junho 2009

Boas!
Antes de começar queria explicar que na sexta não deu para escrever. Então o dia começou como de costume ás 6.40, fiz a barba desta vez e peguei o ôni para o Eco Resort. Como a taxa de ocupação do Hotel tem andado baixa o pessoal de lazer, da parte da manhã não tem muito para fazer, a não ser tratar da decoração do São João e animar alguns hóspedes que por ali estão. Eu costumo ter outras coisas a tratar! No entanto desta vez fiquei pelo Tatuoca (espaço de bem-estar, e funciona como sede do E&L) a fazer umas bandeirinhas até por volta das 10.30, quando fui chamado a intervir na área de hóspedes (neste caso na piscina). E lá fui eu descalço, colete amarelo e bola na mão. Dai a uns minutos lá estava eu, o hip-hop, o miudinho e o Jazz a jogar volei aquático com uns hóspedes. Entretanto começou a chover torrencialmente mas não nos perturbou muito. Mais tarde ás 11.30 participei numa aula de hidro-ginástica. Da parte da tarde andei dum lado para o outro a ultimar alguns assuntos, nomeadamente do São João. Por volta das 17 fui com um hóspede e com o Diego (team E&L e adepto ferrenho do Santacruz que tem a melhor torcida do Nordeste e que em 3 anos desceu 3 divisões) dar uns remates na bola para o campo de futebol relvado. No final fui jantar qualquer coisa rápido, porque como tinha combinado com o Sr. João da Pousada, era dia de mudança para a casa que aluguei á Marli. Depois das mudanças voltei para o Resort, onde depois de passar algum tempo na Web, fui assistir e gravar o Show de danças culturais apresentado pelos meus colegas da team E&L. Pelas 23.40 o ôni trouxe-me de volta a casa, e logo que pude adormeci pois a alvorada era bem cedinho.

Dia 6

4.20am, acordei, tomei o primeiro banho com água quente, não fiz a barba e saí bem cedo para apanhar o autocarro para a cidade do Cabo. Aqui começa uma aventura bem divertida. Pois é que o bus, além de não ser grande coisa viaja por caminhos inimagináveis para um autocarro normal. Buracos e mais buracos, até faz doer as costas. Quando cheguei ao Cabo fui até à pastelaria da esquina tomar um cafezinho e um pastel, e dirigi-me para a frente da Caixa Económica, onde tinha combinado com o sargento Souto (que trabalha numa área aqui próxima do Resort e contribui para o bom funcionamento dos passeios ecológicos) para pegar uma carona. Às 6 em ponto lá estava ele. Ainda esperamos um pouquinho pelo Château que também veio connosco. Passada quase uma hora de viajem lá chegamos a meio destino, isto porque nos encontramos com o resto do pessoal que ia jogar paint-ball numa bomba de gasolina para petiscar qualquer coisa. Então o pequeno-almoço foi carne de boi guisada, acompanhada por um tipo de raiz de árvore cozida (muito boa mesmo, e ri em fibra) e por uma espécie de farinha de milho mito grossa, que também era muito saborosa.
Partimos então todos juntos, até á fazenda do Sr. Altamiro, aí uns 6 km por um caminho ainda pior que o que o bus fez de manhã. Mas lá chegámos depois de ter passado por bois que ali andavam e de autenticas piscinas de lama que com alguma dificuldade os carritos passaram. O Sr. Altamiro recebeu-nos á entrada. Depois mostro fotos da fazenda para não entrar em grandes detalhes, resta apenas dizer que tem cavalos, piscina, papagaios, cães, perus e todo tipo de animal de fazenda possível e imaginário.
O cenário parecia aquele de novela brasileira mesmo. Depois de uma prolongada espera por alguns elementos atrasados do team, incluindo um director, lá partimos para a actividade. Não sem antes parar numa vizinha para beber uma cervejinha.
Depois começamos aos tiros uns aos outros. Foi engraçado, mas não é coisa que me entusiasme muito. Por volta das 13h eu e o Souto, partimos para o Recife onde tinha um campeonato de fute-volei a decorrer na praia. Local onde conheci alguns dos seus amigos incluindo o Guarda-redes do Guimarães, o Nilson. É simpático e pareceu humilde e interessado. No meio da conversa perguntei-lhe pelo Cajuda, e quando é que ia para o Benfica. Enfim… Passamos um tempinho por ali e mais tarde o Souto levou-me ao Shopping Recife para ver se comprava um cartão para o Telemóvel, é que numa semana com apenas umas 6 chamadas lá se foram 50€. Mas infelizmente não consegui. Voltei então para o Cabo com o Souto, onde peguei mais uma vez o sinistro autocarro que desta feita teve a agravante de levar no interior 2 bebedolas que não se calaram a viagem toda. Ainda assim admira-me não terem vomitado o ôni todo com tanto solavanco.
Cheguei finalmente a casa onde tinha á minha espera a família adoptiva. As duas filhas da Marli. Uma delas tem duas meninas pequeninas. E a mãe da Marli, a avó tem 92 anos e é só rir com ela. Só pensa em casar de novo e está sempre a tagarelar. Haja energia.
E assim foi o dia, e como devem compreender estou a morrer de sono, portanto vou dormir na esperança que amanhã acorde mais inspirado

Boa Noite!

André Gamelas

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sem título




4 de Junho 2009

Querido diário (eheheheheheheheh) Não, estava só a brincar, mas não sabia como começar e foi o que saiu. Hoje acordei um pouco mais tarde porque peguei a carona do senhor João. 7h20min marcava o relógio.
Esqueci-me de fazer a barba! Ups… Lá cheguei ao Resort para mais um dia de trabalho árduo. Começámos pela habitual reunião matinal com a oração e o grito e seguimos para os diversos locais. Hoje durante a manhã fiquei incumbido de uma tarefa especial, fui durante umas horas da minha vida “apanha galho”, pois é andei pela mata a escolher galhos secos para efeitos decorativos. Humilhante… isso pensam vocês, tive a primeira grande oportunidade para conhecer a flora e fauna local. “qui beleza cara”. Vi Iguanas, macacos urubu, cobra, fiz birdwatching, apanhei Coco abri-o e bebi a água directamente, cantei, dancei, pulei, até que fomos apanhados no meio de uma tempestade tropical, então corremos o que pudemos até ao edifício Eco Pub. (isto tudo dentro dos terrenos do Resort) Lá dentro e depois de termos recolhido galhos suficientes era necessária a nossa presença (minha, do Totó e do Jazz) junto da recepção, mas a tempestade continuava e nem guarda-chuva tínhamos. Ali perto fica a piscina onde estavam alguns turistas e colegas da team do E&L abrigados no bar, onde haviam alguns guarda-sol que também guardam chuva (que raio, não arranjo melhor forma de escrever isto), continuando, alguém tinha de lá ir e ficar encharcado, depois do famoso pedra tesoura ou papel, a sorte tocou-me a mim, e lá fui eu. Ficou que nem Sopa, diziam eles. Lá se passou a manhã e fomos almoçar. E perguntam vocês: Feijão com quê? Ao que eu respondo: com arroz… (eheh), acompanhado com um pouco de carne estufada, batata, saladas, feijão, e pudim. E é!
Da parte da tarde foi a estreia da peça de teatro que eu filmei todinha, mas são quase 40min e precisamente por isso não vou postar. A peça foi um sucesso e, à excepção de pequenos erros que só o team nota, tudo correu bem. No final reunimos ali mesmo na sala das convenções, onde tínhamos montado o palco no dia anterior. Depois disso observámos a gravação da peça, acompanhada por muita risada e alegria. Mais tarde, depois de ter andado cá e lá, reuni com o Gilson para preparar um folheto informativo sobre o São João para Investidores e outros importantes Norte Americanos, que irão estar no hotel durante uns dias para uma convenção internacional a realizar nas nossas instalações. Então o objectivo era reunir informação suficiente concisa sobre a cultura e tradições locais, para que eu pudesse então elaborar um texto em inglês. Entretanto, outras traduções tive que fazer, a pedido de outros colegas. Tudo eu, tudo eu!
Às 19h fui jantar acompanhado pelo Gilson e o jantar foi… tã tã tã tã, Arroz e desta vez com feijão! Acompanhado som salsicha e saladas. Sobremesa foi pudim e um molho esquisito com grãos de milho, mas muito bom.
O ônibus partiu do Resort as 19.20 e cá estou eu no cantinho da treta a falar com o meu querido diário! AH! Quase esquecia, Sapatão é lésbica e porquê? É que mulher que gosta de mulher é comparada a homem, ou seja tem pé grande, daí sapatão. Quanto a Bar GLS, é um bar direccionado a um público gay, lésbico e simpatizantes.
É com um pouco de cultura internacional termino o meu testemunho diário!
Até amanhã, passem bem o dia, com alegria.

André!