sábado, 13 de junho de 2009

O Txiô André Galé




10, 11 e 12 de Junho 2009

Comunicado:
Caros seguidores, apresentam-se desculpas sinceras pela vacuidade de processamento de texto nos últimos dois dias. A razão de tal falha deve-se ao trabalho excessivo, e ao acumular de cansaço físico dimanante de três dias seguidos com 15 horas de trabalho.

Vamos ao que interessa. Não! Não estou a ser explorado, simplesmente a abundância de eventos e shows temáticos me levaram a ficar pelo Resort. Os últimos dias têm sido realmente intensos, e bem divertidos. Já aprendi uns passinhos de forró e de Frevo que é o cartão de visita aqui de Pernambuco. Depois do passeio pelos manguezais, que devo dizer, são fascinantes, a chuva nos últimos dois dias provocou o cancelamento dos passeios. Portanto as minhas competências de monitor de animação turística têm sido obrigadas a revelar-se. Do trabalho com as crianças resultou um novo nome para mim. Pois, as crianças chamam-nos (aos monitores) de tios (com sotaque, txiô). Então agora sou o txiô André, ou o txiu pórtugueis. Ainda na área da nomenclatura o meu prestigiado chefe de Departamento (Almy), resolveu espalhar o boato de que o meu nome é André Galé. Passo a explicar. O Eco Resort do Cabo está a negociar uma espécie de parceria de gestão com o grupo português Vila Galé, e segundo o boato eu sou filho de um dos donos do grupo Vila Galé, e estou aqui como olheiro (espião) do grupo. Como é óbvio numa comunidade de 280 funcionários, o boato pegou, de maneira que há pouco no ônibus alguns comentavam isso quando estava eu estava a sair. Tem sido um fartote. E entre alguns dos directores virou tema de brincadeira. Por exemplo se algum funcionário está por perto e eu vou a passar o Almy pergunta-me se eu quero um sumo e se está tudo bem com a minha pessoa.
Outro tema interessante, este restrito ao team do E&L, são expressões e palavras comuns para o português falado em Portugal, mas que por aqui são asneiras ou expressões menos apropriadas. Cada vez que uso o verbo meter, é uma risada geral, porque aqui meter, significa algo como penetrar. Então já há quem diga que eu estou sempre a “meter”. Agora imaginem-me a ensinar crianças a fazer barquinhos de papel: “agora metem… hum hum colocam, esta ponta para dentro…” Eheh.
Durante os jantares também tenho aprendido muito acerca palavras menos próprias. Nomes que se dão à vagina e ao pénis são um tal que acho que deve até haver um dicionário só para isso. Priquito, Bunchena, Prereca são alguns exemplos.
No fundo estou a tornar-me num verdadeiro nordestino, começo a conhecer a história, costumes e tradições que me ajudam a entender as pessoas e a sentir-me totalmente integrado na área. Em relação ao feijão o intestino parece estar a habituar-se porque o cocó parece querer, de dia para dia, empedernir. Eheheheheheh. Os mosquitos continuam a chatear mas o Sr. Floro, que possui uma cultura tremenda de Flora, indicou-me uma árvore cuja sua seiva, que expele para o seu tronco, é um repelente natural, e ao que parece mais forte do que a concorrência farmacêutica.
Em relação ao trabalho de estágio, e porque isto não é só aprender cultura popular, estou a desenvolver o projecto dos passeios e tenho em vista outro que mais tarde falarei. Estou também a inteirar-me sobre a história da região e sobre a implementação do Resort para desenvolver um documento crítico de todo o processo.
A experiencia está a ser muito gira e enriquecedora, pelo que já estou a começar a ter saudades disto.
Hoje (sexta-feira), choveram quilos de chuva pelo que o Resort ganhou mais umas quantas piscinas naturais. A taxa de ocupação subiu bastante esta semana, também por causa da tal reunião sobre o turismo no nordeste brasileiro, que se realizou no Hotel. Era até para vir o Lula, mas o cára preferiu assistir ao jogo do Brasil com o Paraguai que se cumpriu aqui no Recife. No entanto o vai vem de governadores transportados por helicópteros foi intenso, e causou um verdadeiro frenesim entre funcionários, hóspedes e aves que por ali andam. Ontem há noite (quinta-feira) durante a apresentação do espetáculo “A Feira” (protagonizada por elementos do E&L), choquei violentamente contra o governador do Estado de não sei onde, durante uma corrida para mudar de local para fotografar a peça. Mas não teve grande importância até porque eu não sabia quem era o senhor. Só mais tarde é que a malta me informou do sucedido, e gerou novamente risada.
Como não encontro nenhuma frase filosófica para “meter” no final do texto, despeço-me de todos com boa disposição, abraços e beijocas a todos.

Bom fim-de-semana,

Miró

PS- comentem lá os post’s, porque caso contrário faço greve de fome (de feijão vá).

4 comentários:

  1. Estão aki o Pedro Gil e o Gui, vieram cá dormir hoje, já que estamos sem filho e estão curiosos por saber quantas namoradas já tens. Estiveram a ver as fotos e estaão cheios de inveja,dizem eles que sortudo...
    Já estava cansada de abrir o blog e não ver noticias.
    Finalmente,apesar de falarmos todos os dias e ver-te é bom ler as tuas crónicas...
    Bom fim de semana e vê se treinas o forro. beijocas gordas da mama.

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  2. Mano, o que é isso nas pernas? argila? sangue pisado das sanguesugas? lol Um grande abraço com saudades. Dá um beijinho meu nas brasileiras. :p he he he

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  3. Priminho!! É só aventuras!! SItuações embaraçosas das quais te safas na maior...tipico do verdadeiro e único Miró!!

    Realmente já não davas noticias há uns dias, e sabes que nós aqui estamos sempre à espera! Mas claro que compreendemos o motivo! ;)

    Continua a divertir-te e a divertir-nos com as tuas histórias diárias!!

    Bjoca bem grande

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  4. Querido André! Espero encontrar-te bem:-))
    Bem essa gente do resort parece ser tudo xi-coração!! Que maravilha imaginar que a tua acolhida por ai tem sido assim divertida e cheia de alegria. Um abraço grande!

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